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Nisa – As suas Gentes e a sua História – Guia Alentejo

 

Nisa – As suas Gentes e a sua História – Guia Alentejo


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Rua de Nisa com calçada de homenagem à sua Olaria - Guia Alentejo

Nisa, as suas gentes e a sua história. Nisa é uma vila raiana portuguesa no distrito de Portalegre, região Alentejo e sub-região do Alto Alentejo.

A vila de Nisa é sede do município de Nisa que é limitado a oeste e norte pelo município de Vila Velha de Ródão, a nordeste pela Espanha, a sudeste por Castelo de Vide, a sul pelo Crato, a sudoeste por Gavião e a noroeste por Mação.

O orago de Nisa é Nossa Senhora da Graça e tem feriado municipal na 2ª feira de Páscoa. O gentílico é Nisense.


ORIGEM DO NOME NISA


Dizia o etnólogo Leite de Vasconcelos que “Nisa” era nome de mulher grega. Com os romanos vieram muitos gregos como escravos, como sacerdotes pagãos e como médicos. 

No concelho existem vários testemunhos dessas presenças. O nome da terra terá surgido a partir de uma vila rústica, propriedade de uma mulher chamada Nisa. 

Outra versão diz que será por semelhança a Nice e as freguesias de Arez por semelhança a Arles e Tolosa a Toulouse, assim como Montalvão de Montbauban.

O concelho de Nisa é composto pelas seguintes freguesias: 
Freguesias de Espírito Santo, Nª Srª da Graça e São Simão em Nisa;
Freguesia de Alpalhão;
Freguesia de Arez e Amieira do Tejo;
Freguesia de Montalvão;
Freguesia de Santana;
Freguesia de São Matias;
Freguesia de Tolosa.

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Vista de Montalvão - Guia Alentejo

HISTÓRIA DE NISA


A primeira ocupação humana de Nisa remonta a povos pré-romanos que habitariam numa elevação onde hoje se ergue a Capela de Nossa Senhora da Graça, que teria sido o lugar de Nisa-a-Velha. 

Em Nisa-a-Velha existiria um castelo da época da Reconquista. A povoação recebeu Foral antes de 1232, dado por D. Frei Estevão de Belmonte. 

D. Dinis iniciou o reforço das fortificações. No entanto, durante a guerra entre D. Afonso Sanches e D. Dinis, a vila foi ocupada, incendiada e muitos habitantes mortos porque não quiseram tomar posição contra o rei e D. Afonso Sanches retaliou. 

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Muralhas e Portas da Vila - Guia Alentejo

D. Dinis, em apreço à atitude da povoação, determinou reerguer a vila em lugar próximo para aí transferindo o nome e a categoria municipal. 

A vila e o castelo tiveram as obras a cargo da Ordem do Templo. Com a extinção da Ordem, os domínios passaram para a Ordem de Cristo em 1319. 

Com os Templários terão vindo colonos franceses que se instalaram junto das fortalezas construídas pelos monges guerreiros e aí ergueram habitações e fundaram aglomerados populacionais a que deram o nome das suas terras de origem. 

Nisa-a-Nova e Nisa-a-Velha 


É neste sentido que, possivelmente, surge o nome de Nisa, porque os primeiros habitantes eram de Nice e aqui ergueram a “Nova Nice”, ou a “Nisa Nova” que se encontra nos documentos. Assim terão nascido Arez (de Arles), Montalvão (de Montauban) e Tolosa (de Toulouse).

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Castelo de Nisa - Guia Alentejo

D. Afonso IV mandou que se erguessem novas muralhas. Durante a crise 1383-85, o Castelo de Nisa foi dos primeiros a apoiar o Mestre de Avis, que lhe outorgou o título de Notável. 

No reinado de D. Manuel I, Nisa recebeu Foral e no documento vem escrito Nisa com dois “SS”, Nissa. Será que queria dizer Nice?

A vila foi ocupada em 1704 por tropas espanholas que causaram estragos às suas defesas e o desenvolvimento urbano também não as poupou. 

As ruínas foram declaradas Monumento Nacional em 1922. Atualmente restam duas das seis antigas portas: a Porta da Vila e a Porta de Montalvão.


CASTELO DA AMIEIRA, DO CONCELHO DE NISA


A Amieira, entre Belver e Nisa, integrava a “Linha do Tejo”, linha de defesa da fronteira. O castelo foi construído no reinado de D. Afonso IV. 

Pertenceu à Ordem de São João do Hospital, serviu como prisão e foi cemitério da população da Amieira. Está classificado como Monumento Nacional desde 1922. É considerado um modelo de castelo português no estilo gótico.

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Castelo de Amieira do Tejo - Guia Alentejo


CASTELO DE MONTALVÃO, DO CONCELHO DE NISA


Outro castelo que integrava a linha defensiva de fronteira chamada “Linha do Tejo” era o castelo de Montalvão. Arruinado, foi reconstruído por D. Dinis quando pertenceu à Ordem de Cristo. Montalvão teve Foral de D. Manuel I. O castelo está em vias de classificação.


ALPALHÃO, DO CONCELHO DE NISA


É uma vila com história muito antiga. Dizem ter sido a antiga Fraxinum, dos romanos. Bonito enquadramento urbano do casario. Os alpalhoenses têm um acento de fala que os singulariza. 

O granito e a sua exploração são importantes. Organizam uma Bienal da Pedra.

Terra de muitas tabernas e bom vinho: 

A vila de Alpalhão
trinta e uma tabernas tem
se houver dinheiro e disposição
em todas se bebe bem.


PATRIMÓNIO DO CONCELHO DE NISA


NISA
Portas da Vila e de Montalvão, século XIV;
Panos da Muralha;
Capela da Misericórdia, século XVI;

Capela do Mártir Santo, séculos XVI-XVIII; 
Igreja do Espírito Santo, séculos XVI-XVIII-XIX; 
Capela do Calvário, séculos XVII-XVIII;

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Capela do Calvário, Nisa - Guia Alentejo

Capela de Santo António;
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Graça, século XVIII;
Paços do Concelho, século XVIII;

Fonte da Pipa, século XVIII;
Fonte do Frade, século XVIII;
Fonte da Cruz;

Fonte do Freixo;
Pelourinho, século XVIII;
Capela de São Lourenço;

Capela de Nossa Senhora da Graça, século XVI, Nisa-a-Velha; 
Capela de Nossa Senhora dos Prazeres, século XVI, Nisa-a-Velha;
Ponte Medieval de Nisa-a-Velha;

Anta de São Gens (na estrada das Termas da Fadagosa de Nisa).

ALPALHÃO
Fonte Nova, século XVIII;
Fonte de Baixo;
Fonte da Feiteira;
Igreja da Misericórdia ou do Espírito Santo, séculos XIV-XVII-XVIII;

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Capela Nossa Senhora da Redonda, Alpalhão - Guia Alentejo

Ermida da Senhora da Redonda, séculos XVI-XVIII;
Cruzeiro de Alpalhão, século XVI;
Igreja de São Pedro;
Igreja do Calvário, século XVI;
Igreja Matriz.

AMIEIRA DO TEJO
Castelo de Amieira do Tejo, século XIV;
Fornos da Telha;
Barca da Amieira/Margens do Rio Tejo;
Muro de Sirga;

MONTALVÃO
Igreja Paroquial de Montalvão, século XVI;
Igreja da Misericórdia;
Ruínas do Castelo;
Capela de São Pedro;
Capela de Nossa Senhora dos Remédios.

AREZ, SANTANA E SÃO SIMÃO
Igreja Matriz;
Capela da Misericórdia;
Capela de Santo António;

Cruzeiro de Arez;
Igreja Matriz, São Simão;
Fornos Comunitários, Santana;
Fonte de São Simão, Bica e Monte Cimeiro, São Simão.

TOLOSA E SÃO MATIAS
Igreja Matriz;
Capela do Espírito Santo;
Capela de Santo Amaro;
Fonte do Botão, Tolosa;
Igreja Matriz do Cacheiro, São Matias.


ARQUEOLOGIA NO CONCELHO DE NISA


PALEOLÍTICO
Conhal 2 (Estação de Ar Livre), Santana; 
São Pedro (Povoado), Nisa;
Pedra Alta 3 (Estação de Ar Livre), Santana;
... e mais 10 sítios arqueológicos do Paleolítico.

NEOLÍTICO
Anta de S. Gens I;
Anta I dos Saragonheiros;
Anta II dos Saragonheiros;
Anta de Nossa. Sra. da Redonda;
Menir do Patalou.

IDADE DO BRONZE
São Miguel (Povoado), Nisa.

IDADE DO FERRO
Lameirancha (Achado Isolado), Amieira do Tejo; 
Castelos de Baixo (Povoado), Montalvão.

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Anta dos Tapadões, Nisa - Guia Alentejo

ÉPOCA ROMANA
Conhal 3 (Estação de Ar Livre), Santana;
Área Arqueológica do Conhal/Conhal 1 (Conheira), Santana;
Fonte da Feia (Templo), Montalvão;
Senhora da Graça (Ponte), Espírito Santo;
Canal Romano (Canal), Santana;
Serra de São Miguel/Buraca da Faiopa (Gruta), Espírito Santo;
… e mais 13 sítios arqueológicos da Época Romana.

ÉPOCA MEDIEVAL CRISTÃ
Nossa Senhora da Graça (Povoado), Nossa Senhora da Graça;
Espírito Santo (Castelo), Espírito Santo;
Fajã (Necrópole), Montalvão;
Ponte sobre a Ribeira de Figueiró/Vila Flor, Amieira do Tejo;
Feia (Necrópole), Montalvão;
Cabeça dos Castanheiros 1 (Sepultura), Montalvão;
Ermida de Santo António, Arez.

MUSEUS NO CONCELHO DE NISA


Museu Regional do Barro e do Bordado, Nisa;
Casa Museu de Alpalhão ou Centro Cultural de Alpalhão;
Centro Interpretativo do Conhal;
Casa do Forno, Nisa;
Valquíria Enxoval, Nisa;
Montalvão Vintage, Montalvão;
Núcleo Museológico de Arte Sacra, Nisa.

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Museu Regional do Barro e do Bordado, Nisa - Guia Alentejo

GASTRONOMIA E RECEITAS TRADICIONAIS NO CONCELHO DE NISA


PRATOS
Maranhos;
Pezinhos de tomatada;
Feijões das festas;
Arroz de lampreia;
Sopa de peixe do rio;

Sarapatel – a receita;
Migas de pão e/ou batata com carne frita;
Açorda de Alho;
Arroz de vinagre;
Ensopado de borrego;

Febrazinhas da matança;
Feijão com couve;Papa-ratos;
Sopa de cachola – a receita;
Afogado de borrego.

DOÇARIA
Cavacas;
Bolos de azeite;
Bolos de canela;
Bolos dormidos;
Bolos batidos;

Broinhas de mel;
Filhós;
Esquecidos;
Nisas;
Barquinhos;

Tigeladas;
Borrachões;
Rebuçados de ovos;
Arroz-doce – a receita;
Azevias.


E CLARO, OS QUEIJOS

Queijos de Nisa
Queijo curado artesanal de pasta semidura, de tonalidade branco-amarelada untuosa, com alguns olhos pequenos obtidos por esgotamento lento da coalhada, após coagulação do leite de ovelha, por ação de uma infusão do cardo Cynara cardunculus. 

A crosta maleável de início vai endurecendo com o passar do tempo. Exala aroma pronunciado e possui paladar ligeiramente acidulado.


Queijos Mestiços de Tolosa
Queijo curado, de pasta semimole, obtida por esgotamento da coalhada, após a mistura de leite de ovelha e de cabra.


ARTESANATO DO CONCELHO DE NISA


Bordados, alinhavados, rendas de bilros e frioleiras;
Arte pastoril em cortiça;
Peças de barro e Olaria.

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Olaria típica de Nisa - Guia Alentejo

NATUREZA, TRILHOS E ROTAS TURISTICAS NO CONCELHO DE NISA


TERMAS DA FADAGOSA
Perto de Nisa, com águas minerais naturais com característica sulfúrea, bicarbonatada, sódica e fluoretada. Tem balneário, as estruturas foram recentemente melhoradas com novas construções e são indicadas para doenças do aparelho respiratório, reumáticas, musculares e de pele.

GEOPARK NATURTEJO DA MESETA MERIDIONAL
De acordo com a UNESCO, um geoparque é um território de limites bem definidos com uma área suficientemente grande para servir de apoio ao desenvolvimento socioeconómico local. 

Deve abranger um determinado número de sítios geológicos de relevo ou um mosaico de entidades geológicas de especial importância científica, raridade e beleza, que seja representativa de uma região e da sua história geológica, eventos e processos. 

Poderá possuir não só significado geológico, mas também ao nível de ecologia, arqueologia, história e cultura. Sendo assim:
  • Escarpa de falha do Ponsul (Nisa/V.V. de Ródão/C. Branco/Idanha);
  • Blocos pedunculados de Arez, Alpalhão;
  • Mina de ouro romana do Conhal do Arneiro;
  • Marcas da simbologia religiosa.

PERCURSOS PEDESTRES E NATUREZA
PR 1 NIS – Trilhos das Jans – mais informação;
PR 2 NIS - Descobrir o Tejo – mais informação;
PR 3 NIS - Olhar sobre a Foz – mais informação;

PR 4 NIS – Trilhos do Conhal – mais informação;
PR 5 NIS - À descoberta de São Miguel – mais informação;
PR 6 NIS - Rota dos Açudes – mais informação;

PR 7 NIS - Entre Azenhas – mais informação;
PR 8 NIS - Trilhos do Moinho Branco – mais informação;

PR 9 NIS - Trilho da Mina de Ouro do Conhal – Mais informação;
PR 10 NIS – Roteiro das Fontes – mais informação;
PR 11 NIS – Trilho da Barca D`Amieira – mais informação;

Caminhos de Santiago, Etapa de Nisa – mais informação;

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Obra de Arte de rua, Nisa - Guia Alentejo

Passeio à capela da Senhora da Redonda em Alpalhão e a Nisa-a-Velha (Igreja da Senhora da Graça e ponte medieval);

Passeio a pé ou BTT à ponte medieval da Ribeira do Figueiró;

Passeio de comboio Amieira, Belver (linha da Beira); 

Canoagem no rio Tejo e na albufeira do Fratel;

Passeio de barco no Arneiro;

Percurso Megalítico, conjunto de Gavião – Nisa.


JARDINS E MIRADOUROS
Jardim do Rossio;
Parque de Merendas;
Miradouro da Senhora da Graça;
Miradouro das Portas de Ródão;
Miradouro do Alto da Serra de São Miguel.


FEIRAS, FESTAS E ROMARIAS NO CONCELHO DE NISA


NISA
Mártir Santo (São Sebastião), 20 de Janeiro;
Festa de Nossa Senhora da Graça, 2ª feira de Páscoa; 
Festa de Nossa Senhora dos Prazeres, na 2ª feira de Pascoela;
Festa a Santo António, 13 de Junho;
Festa de São João, 24 de Junho, Monte Claro;
Nisa em Festa, 2º Fim-de-Semana de Agosto; 

ALPALHÃO
Mártir Santo (São Sebastião), 20 de Janeiro;
Festa de Nossa Senhora da Redonda, na 2ª feira de Páscoa;
Feira dos Enchidos, Março ou Abril;

TOLOSA
Festa de Santo Amaro, na 2ª feira de Páscoa;
Mostra de Produtos Tradicionais, no 1º fim-de-semana de Maio;

AREZ
Festa de Santo António, 1º fim-de-semana de Agosto;

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Igreja Matriz de Arez - Guia Alentejo

SANTANA
Festa de Nossa Senhora de Santana, 2º fim-de-semana de Agosto;

SALAVESSA
Festa de São Jacinto, 3º domingo de Agosto;

PÉ DA SERRA
Festas de São Simão, 4º domingo de Agosto;

MONTALVÃO
Festa de Nossa Senhora dos Remédios, 8 de Setembro;

AMIEIRA DO TEJO
Festa de Nossa Senhora da Sanguinheira, 2º fim-de-semana de Setembro;


FEIRA E MERCADOS
Feira de Janeiro, no 2º domingo do mês, Nisa;
Feira do Queijo, Abril, Tolosa;
Feira das Cerejas, 2º domingo de Junho, Nisa;

Feira de Alpalhão, 1º domingo de Abril, no 2º domingo de Julho e no 3º domingo de Novembro;

Feira do Queijo, 2º domingo de Junho, Nisa;
Feira de Tolosa, no 4º domingo de Fevereiro e no 4º domingo de Agosto;
Feira dos Passos, no Domingo de Ramos, Nisa;

Mercado mensal de Alpalhão, 1ª quinta-feira do mês;
Mercado mensal de Nisa, 2ª quinta-feira do mês;
Mercado mensal de Tolosa, último domingo do mês.


A NÃO PERDER EM NISA


Capela de Nossa Senhora da Graça; 
Portas da Vila;
Bordados de Nisa;
Olaria de Nisa;
Castelo da Amieira;
Ruínas do Castelo de Montalvão;
Ponte medieval;
Fontes;
Museu do barro e do bordado;
Queijo de Nisa e de Tolosa; 
Afogado de borrego.


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